O
período que compreende a atividade humana desde suas origens até o
surgimento da escrita é considerado Pré-história. Emprega-se essa
denominação desde o século 19, pois, naquela época, acreditava-se que a
história de qualquer sociedade só poderia ser documentada através da
escrita.
Os
historiadores,consideram outras fontes, como as imagens ou os relatos
orais, são tão importantes quanto a escrita no processo de resgate da
história de um povo ou uma sociedade. De qualquer maneira, para
delimitar os períodos, o advento da escrita passou a marcar o início da
história. Portanto, as sociedades que não dominavam essa técnica ficaram
conhecidas como pré-históricas e aquelas que sabiam ler e escrever
passaram a ser chamadas de sociedades históricas.
A invenção da escrita
A escrita não surgiu a um só tempo em todo o mundo. Enquanto alguns povos do Oriente Médio, como sumérios e egípcios, chegaram à técnica da escrita há mais de 5 mil anos, muitos povos da Europa só o fizeram com a expansão do Império Romano, ocorrida a partir da metade do século 1 a.C.
Aborígenes e indígenas
Ainda
hoje existem grupos de humanos que desconhecem a escrita: sua vida
social organiza-se em moldes mais próximos daqueles do homem de
Cro-magnon do que dos nossos. Esse é o caso dos aborígines que habitam o
interior da Austrália e de alguns povos indígenas do Brasil. A ideia de
uma Pré-história, nesse sentido, aplica-se melhor a um estágio das
civilizações do que a uma determinada época.
Assim,
entendemos melhor a Pré-história em seu aspecto social, ao pensarmos em
agrupamentos humanos e não em sociedades complexas; em seu aspecto
cultural, ao nos referirmos ao que o homem produziu para abandonar a
barbárie e atingir a civilização; e em seu aspecto biológico, quando se
estuda a evolução das variadas formas de vida animal e vegetal
existentes antes de as espécies vivas adquirirem a conformação que
possuem atualmente.
Os pesquisadores da Pré-história
Os
estudos da era pré-histórica é interdisciplinar e requer o trabalho de
muitos especialistas. Por meio de escavações e pesquisas, os arqueólogos
estudam os vestígios materiais (pontas de flechas, esculturas,
ferramentas) e a partir disso descobrem informações sobre a vida do
homem na Pré-história.
Por
sua vez, os geólogos contribuem com o estudo das formações do solo nos
locais onde se realizam escavações. Procuram reconstituir o terreno, o
clima e a paisagem onde viveu o homem do passado. São auxiliados pelo
trabalho dos botânicos, que analisam os restos vegetais fossilizados
(sementes, folhas, polens).
Já
os antropólogos estudam os fósseis humanos, pesquisando o homem
pré-histórico em seu aspecto físico para traçar a "história" de sua
evolução, indicando suas etapas. No âmbito cultural, eles podem, por
meio da observação de povos primitivos atuais, elaborar hipóteses, por
analogia, sobre o modo de vida do homem do passado, contribuindo. Neste
último sentido, talvez seja melhor falar em etnólogos, deixando o título
de antropólogo àqueles que se dedicam aos fósseis ossos, à antropologia
física.
Paleontólogos e bioquímicos
O
estudo dos fósseis animais fica por conta dos paleontólogos, que podem
reconstituir a fauna da época, além de determinar, por exemplo, o tipo
de bicho que era caçado por certo agrupamento humano no lugar onde se
desenvolve a pesquisa. Com seus conhecimentos de radioatividade, os
físicos e os químicos utilizam tecnologia avançada para determinar a
idade de um fóssil ou um objeto, descobrindo, assim, a qual período
histórico ele pertence.
Finalmente,
os bioquímicos e os biólogos analisam características genéticas dos
seres humanos e de fósseis de diferentes localidades para encontrar
explicações sobre como se processou a evolução da espécie humana. No
quadro que segue, você poderá acompanhar a evolução da terra em tempos
pré-históricos, levando em consideração especialmente o desenvolvimento
dos seres vivos:
Era Geológica |
Milhões de anos |
Acontecimento |
Era Cenozoica (65 milhões a.C. até atualidade) |
2,3 |
Aparecem os primeiros membros do gênero Homo. |
|
4 |
Surgem os primeiros Australopithecus. |
|
23 |
Aparecimento dos primeiros símios. |
|
54 |
Primeiros mamíferos marinhos (baleias). |
|
60 |
Primeiros primatas. |
|
65 |
Evolução dos mamíferos |
Era Mesozoica (250 milhões a.C. até 65 milhões a.C.) |
65 |
Desaparecimento dos dinossauros. |
|
140 |
Primeiros pássaros. |
|
190 |
Primeiros mamíferos. |
|
215 |
Aparecimento dos dinossauros. |
|
250 |
Proliferam as coníferas e as samambaias. |
Era Paleozoico (570 milhões a.C. até 250 milhões a.C.) |
300 |
Surgem os primeiros répteis. |
|
355 |
Formação das florestas tropicais. |
|
360 |
Aparecimento dos anfibios. |
|
380 |
Primeiros insetos. |
|
412 |
Primeiras plantas terrestres. |
|
470 |
Surgimento dos peixes |
|
500 |
Primeiros vertebrados. |
|
570 |
Invertebrados proliferam nos mares (esponjas, moluscos, crustáceos). |
Era Pré-Cambriana (4,6 bilhões a.C. até 570 milhões a.C.) |
680 |
Primeiros animais (vermes e celenterados). |
|
3.300 |
Início da vida (algas primitivas). |
Referências Bibliograficas
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-1-entenda-o-conceito-e-veja-quadro-das-eras-geologicas.htm
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