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Climatologia

A ciência que estuda o clima é chamada de Climatologia. Ela surgiu com o Renascimento (antes disso os eventos atmosféricos eram tidos como obra de Deus, embora tenham sido publicados dois trabalhos a respeito antes disso: um por Hipócrates em 400 a.C. e outro por Aristóteles em 450a.C., respectivamente “Ares, Águas e Lugares” e “Meteorológica e Escrita”). Com o avanço da criação de instrumentos que pudessem ajudar a entender esses fenômenos como o   termômetro, em 1593, por Galileu e do barômetro de mercúrio, em, por Torricelli, finalmente os eventos da atmosfera puderam ser medidos e estudados. Mais tarde o estudo dos fenômenos atmosféricos se dividiria em dois ramos: a climatologia e a meteorologia, cada qual com uma abordagem diferente para os mesmos fenômenos.

A diferença entre tempo e Clima

A diferença entre “tempo” e “clima”: “tempo” é a característica, ou o comportamento da atmosfera num dado momento (período curto, como um dia, uma semana...) com relação à umidade, temperatura, nebulosidade, precipitação, e outros fatores; já “clima” reflete o comportamento geral da atmosfera, para os mesmos fatores, de determinada região só que em um período longo de tempo, geralmente de 30 a 35 anos (é necessário um período longo de estudos sobre determinada região para determinar qual o clima). Por esse motivo, o estudo do clima é bastante complexo, envolvendo diversos fatores e, até mesmo, a influência humana.
Climatologia tenta compreender os fenômenos climaticos, tal qual a Meteorologia o faz com os fenômenos da atmosfera (estado físico, químico e dinâmico da atmosfera). Mas o climatólogo também se ocupa do estudo do tempo, dependendo da área específica. Veja a seguir:
Climatologia sinótica: o objetivo é estudar o tempo e o clima de determinada área com relação ao padrão circulatório predominante da atmosfera;
Climatologia regional: Seu objetivo estudar apenas o clima em determinadas regiões;
Climatologia física: Investiga o comportamento dos processos atmosféricos através de princípios físicos que englobam o regime de balanço hídrico da terra e da atmosfera e a energia global;
Climatologia dinâmica: estuda o clima e o tempo com destaque para os movimentos atmosféricos;
Climatologia histórica: é o estudo do clima através do tempo (aqui, no sentido histórico). Sua evolução, variações, padrões e interações;
Climatologia aplicada: é a utilização dos conhecimentos climatológicos para a solução de problemas diários, ou práticos, da sociedade.

Fatores Climaticos

Conceito - Os fatores climáticos são elementos naturais ou não que exercem influência sobre o clima de uma determinada região.

Os fatores que influenciam o clima são: latitudes, altitudes, correntes maritimas, a continentalidade/matitimidade, a vegetação e urbanização(cidades), e as Massas de ar.
 
Latitudes- Quanto maior a latitude, menor a média de temperatura anual. Isso acontece, pois os raios solares incidem com maior inclinação em regiões mais distantes da linha do Equador. Por outro lado, regiões mais próximas da linha do Equador recebem raios solares com menor inclinação, apresentando maior aquecimento. 
 
Altitudes- Como o aquecimento do ar é feito por irradiação, em locais mais altos a temperatura é menor. Logo, quanto maior a altitude, menor a temperatura. Por isso que o cume de altas montanhas apresenta gelo permanente. Por isso também, que as temperaturas médias anuais são mais baixas em cidades localizadas em áreas altas de montanhas.
 
Correntes Maritimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou mar. Tal qual a circulação dos ventos, as correntes marítimas têm a característica de influenciar o clima das regiões em que atuam, possuem direções e constâncias bem definidas.
As correntes marítimas têm sua origem na circulação dos ventos na superfície e pelo movimento de rotação da Terra. Elas transportam consigo umidade e calor interferindo também na vida marinha e, conseqüentemente, tendo influência direta no equilíbrio dos oceanos e mares.

As principais correntes marinhas do mundo são: a corrente do golfo, que se move no sentido sul-norte pela costa leste dos EUA e depois pela Europa, a corrente do Brasil, que se move no sentido norte-sul pela costa brasileira, a corrente de Humbolt, que se move pelo oceano pacífico e, que está relacionada com o acontecimento do efeito “El-Niño”, e a corrente de Bengala, que se move no sentido oeste-leste na direção do Oceano Índico.
As correntes marítimas podem ser classificadas de acordo com a temperatura do local onde se formam em: correntes quentes, se formam nas zonas equatoriais (correntes das Guinas, do Golfo do México, do Brasil e a Sul Equatorial); correntes frias, que se formam nas regiões polares (correntes do Labrador, de Humbolt, das Malvinas, de Bengala e a Circumpolar Antártica).
 
Continentalidade/ Maritimidade- O clima de regiões próximas ao litoral recebe muita influência dos oceanos. Geralmente, cidades litorâneas são muito úmidas, com presença de alto índice pluviométrico (chuvas). Essa umidade é originária da evaporação da água dos oceanos que atinge o continente de forma mais intensa nas áreas litorâneas do que nas localizadas no interior. Já a Continentalidade O clima de áreas localizadas distantes dos oceanos geralmente é mais seco do que das litorâneas. Isso ocorre, pois essas regiões sofrem pouca ou nenhuma influencia das massas de ar úmidas originárias nos oceanos.
 
Vegetação e Urbanização das cidades - 
Florestas, principalmente as densas, costumam reter muita umidade. Elas possuem também a capacidade de impedir a incidência dos raios solares no solo. Um bom exemplo é a Floresta Amazônica. Cidades próximas a ela costumam ser úmidas, pois esta umidade que a vegetação retira do solo é lançada na atmosfera. (Urbanização) Nos grandes centros urbanos existem muitas construções, ou seja, muito concreto e asfalto, fatores que aumentam a retenção do calor. Para piorar, as áreas verdes costumam ser em pouca quantidade, em função do adensamento urbano.
 
Massas de Ar - O clima do planeta é muito influenciado pelas massas de ar. Elas podem, de acordo com a região onde surgem, serem quentes, frias, úmidas ou secas. As massas de ar que se formam nos polos (norte e sul) são frias e úmidas. Já as massas de ar que se formam na região no litoral, próxima a linha do Equador, são úmidas e quentes. Regiões que estão localizadas em áreas influenciadas por estas massas de ar, assumem suas características climáticas, quando estão sob o efeito delas.
 

Elementos Climáticos

 
Elementos Atmosféricos (ou Climáticos):

-Temperatura Atmosférica:A temperatura atmosférica é o grau de aquecimento do ar da atmosfera. Através de um conjunto de medições de temperatura obtidos a diferentes níveis da atmosfera terrestre. Esses valores são influenciados por uma série de fatores, incluindo: radiação solar, umidade e altitude. 
 
 
Contudo, uma parte ao atingir a superfície terrestre é absorvida pelas terras emersas (continentes e ilhas) e os oceanos, enquanto a outra é refletida e retorna à atmosfera.
 
Veja este processo no esquema abaixo:
 
-Umidade do Ar:  A umidade é a quantidade de vapor de água na atmosfera. Fisicamente, a umidade relativa é definida como a razão da quantidade de vapor de água presente numa porção da atmosfera com a quantidade máxima de vapor de água que a atmosfera pode suportar a uma determinada temperatura. 
Quando o seu limite de saturação é atingido, equivale dizer que a umidade relativa do ar é de 100%. Neste ponto de saturação de água é que ocorrem as chuvas ou outros tipos de precipitações, como as sólidas (neve e granizo).
 
A umidade do ar é registrada até mesmo em áreas desérticas, no entanto, esta se mostra bem baixa sob as condições climáticas dos desertos ou semi-áridas. Não existe ar totalmente seco, o que ocorre é baixa umidade do ar.

. Precipitações Atmosféricas: Basicamente é o retorno do vapor d’água presente na atmosfera, no estado líquido ou sólido à superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve, granizo, orvalho e geada. Sendo que os dois últimos ocorrem por deposição na superfície terrestre. 
Não resta dúvida que a chuva é a mais comum de todas e a mais abundante na superfície terrestre. Ela resulta da conjunção de dois fatores, isto é, a umidade elevada do ar (ponto máximo de saturação) e a queda da temperatura da atmosfera, capaz de formar nuvens e, logo depois, ocorrer a precipitação pluvial.

As precipitações pluviais podem ser de três tipos, a saber:

-Chuva Convectiva ou de Convecção (ou de verão): ocorre quando o ar quente se ascende verticalmente, resfriando-se em contato com as camadas mais frias da atmosfera e se precipita sob a forma de chuva.
 
 
 
 
 
-Chuva Orográfica ou de Relevo: ocorre quando a disposição de um relevo forma um obstáculo à passagem do ar. Com isso ocorre a ascensão e o resfriamento do ar, que se condensa, forma nuvens e precipita-se sob a forma de chuva em um flanco do relevo.
 
 
 
 
-Chuva Frontal: ocorre quando há o encontro de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente. Este encontro forma a frente fria, pois o ar quente, por ser mais leve, ascende e ao se resfriar nas camadas mais altas da atmosfera, condensa-se e se precipita em forma de chuva.
 
 
 
As precipitações sólidas são:

-Neve: Ocorre em condições de temperaturas baixas, como nas regiões de clima frio e temperado. A temperatura fria impede a fusão dos cristais (água congelada) formados pelo vapor de água na atmosfera e estes se precipitam sob a forma de neve (cristais de gelo).
 
 
 
  (Fonte: Paris a la Carte)
 
 
 
-Granizo: Conhecido popularmente como “chuva de pedras”, este tipo de precipitação ocorre, em geral, durante os temporais, que se encontram associados às nuvens do tipo “cumulonimbus”.

As nuvens “cumulonimbus” se desenvolvem verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600 m. Intensas correntes ascendentes e descendentes ocorrem em seu interior.

As gotas de chuva no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais, se congelam ao atingirem as regiões mais elevadas.
 
 
 (Fonte: Cultura Mix.com)
 
 

- Pressão Atmosférica: corresponde ao peso do ar, pois a atmosfera exerce uma pressão sobre a superfície terrestre e sobre tudo que existe nela.

A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude e a temperatura.

No caso da altitude, quanto menor a altitude, maior será a pressão atmosférica (o peso do ar) e, nas áreas de altitudes mais elevadas, o inverso ocorre, pois o ar é mais rarefeito (ar pouco denso, com baixa concentração de oxigênio), ou seja, a pressão atmosférica é menor.

Quanto à temperatura, a variação da pressão atmosférica ocorre da seguinte maneira: em áreas quentes há dilatação do ar, isto é, ele se expande e, com isso, pesa menos (pressão atmosférica menor). Em áreas mais frias, o ar se contrai, ficando mais pesado e exercendo maior pressão.

As zonas Polares são áreas de alta pressão atmosférica, enquanto a zona Tropical (ou Intertropical) é de baixa pressão.

A pressão atmosférica é o principal responsável pela formação dos ventos (ar em movimento), pois estes são gerados e se deslocam das áreas de alta pressão (onde existe mais ar e é mais frio/áreas anticiclonais) para as áreas de baixas pressões atmosféricas (menos ar e mais quente/ áreas ciclonais).
 
Áreas Ciclonais (Baixa Pressão) e Anticiclonais (Alta Pressão)
 Imagem capturada na Internet (Fonte: Fernando Dannemann

 
-Ventos: trata-se do ar em movimento. E a sua movimentação depende das diferenças de temperaturas entre as zonas climáticas, nas quais se formam as áreas de alta e baixa pressão, responsáveis pela circulação geral do ar, como foi citado no elemento anterior.
 
 
 
 
 
 

Referências Bibliograficas

Clima de Meio Ambiente
  Autor: Conti, José Bueno
  Editora: Saraiva
  Temas: Geografia, Clima
http://www.infoescola.com/ciencias visitado em 19/04/2014
climapedia.blogspot.com/2009/08/elementos-do-clima.html



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